1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente (CIMA) Ponte Nova – MG

Com o tema “Emergência Climática: os desafios da transformação ecológica”, a 1ª CIMA reuniu representantes de 22 municípios, incluindo pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, para discutir propostas sobre a crise climática e os processos de reparação ambiental e social na Bacia do Rio Doce.

1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente (CIMA) – Auditório da OAB em Ponte Nova – MG. Foto: PH Reinaux / ATI Rosa Fortini

Realizada pela Associação de Municípios da Microrregião do Vale do Rio Piranga (AMAPI) e pelo Centro Rosa Fortini, o evento também elegeu os delegados que representarão a região na Conferência Estadual de Meio Ambiente, que acontecerá em  Belo Horizonte, em março de 2025.

Delegados Eleitos:

  • Sociedade Civil: Antônio Áureo, Demetrios Ervane, Maria do Rosário, Maria da Penha e Emanuele Lopes.
  • Poder Público: Carlos Eduardo (CBH Piranga), Ramon Cosmos (CIMVALP) e Lucimeire (Câmara Municipal de Piedade de Ponte Nova).
  • Setor Empresarial: Fernanda Carmo (Guaraciaba) e Gabriela Beltran (Ponte Nova).

 

Maria do Rosário, Emanuele Lopes, Maria da Penha, Demetrios Ervane e Antônio Áureo – delegados representantes da sociedade civil

A conferência abordou cinco eixos temáticos: Mitigação, Adaptação e Preparação para Desastres, Transformação Ecológica, Justiça Climática e Governança e Educação Ambiental. As discussões foram voltadas ao enfrentamento da emergência climática e ao fortalecimento das ações de reparação da Bacia do Rio Doce. Entre as propostas aprovadas estão a proteção de mananciais, o reflorestamento das margens, a implementação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), e a inclusão das comunidades tradicionais nas ações de compensação de crimes ambientais, com responsabilidade das empresas e dos três poderes, elaboradas e implementadas por meio de consulta prévia, livre e informada.

“Antes de qualquer licença para grandes empreendimentos, como mineradoras, é fundamental ouvir os moradores. A licença ambiental deve depender da nossa avaliação, pois somos nós que enfrentaremos os impactos, não quem está no governo, distante da nossa realidade” — destaca Maria da Penha, presidenta da associação de pescadores de Stª Cruz do Escalvado e delegada eleita, representante da sociedade civil à conferência estadual.

A participação das comunidades tradicionais foi um dos destaques do evento, com representantes defendendo propostas que garantam seus direitos e a preservação de seus territórios. Esse processo reforça o compromisso de integrar essas vozes na construção de políticas ambientais e no enfrentamento dos desafios climáticos, com expectativa de continuidade na Conferência Estadual em março, em Belo Horizonte e na Conferência Nacional, que acontecerá em Brasília, no mês de junho.

 

 

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